quinta-feira, outubro 29, 2009

Finados que esperam

No Brasil dedica-se o dia 02 de novembro às pessoas que já faleceram. Trata-se de um feriado nacional há muito instituído e que leva muitos a refletirem sobre a efemeridade da vida, o valor das pessoas (e almas) e até a chorarem saudades de seus entes queridos que não estão mais nesse plano.

Os membros de A Igreja de Jesus Cristo devem dedicar um trabalho todo especial e constante aos seus entes queridos que já faleceram. Não só no dia 02 de novembro, mas sempre que possível, pois existe um importante trabalho a ser feito nos Templos e que diz respeito a estas almas que estão aguardando serem lembradas.



"Eis que eu vos envio o profeta Elias,
antes que venha o dia grande e terrível do Senhor;
E converterá o coração dos pais aos filhos,
e o coração dos filhos a seus pais;
para que eu não venha, e fira a terra com maldição"
(Malaquias 4: 5-6)



Sabemos que o Pai Celestial é um Deus justo e que ama a todos os seus filhos, por causa disso não seria admissível que alguns tivessem algumas oportunidades, e outros não, de serem exaltados. Assim, existe o trabalho de batismo pelos mortos que, caso em outro plano aceitem o evangelho (pois o trabalho missionário foi organizado por Cristo), já têm suas ordenanças batismais realizadas por procuração aqui nesta terra.

“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora,
e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do
Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.”
(João 5:25)



As santas escrituras dizem que ninguém vai ao Pai senão através de Cristo, assim como salientam a necessidade do convênio batismal em muitas passagens conhecidas.

"A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensina que todas as ordenanças de salvação devem ser realizadas na Terra em favor dos mortos. Os santos dos últimos dias servem de procuradores para os próprios antepassados nessas cerimônias que incluem o batismo, o selamento de marido e mulher e de pais e filhos. Todo o trabalho realizado no templo só será válido se a pessoa em favor de quem ele foi realizado aceitá-lo de boa-vontade antes da Ressurreição." (fonte: lds.org.br)

Ademais, para os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, que crêem em profetas videntes e reveladores antigos e atuais, existem revelações nesta dispensação que afirmam que ninguém está isento de fazer este trabalho, sob pena de não cumprir toda a sua parte em prol de alcançar a exaltação.

É por isso que os membros de nossa Igreja têm um amor todo especial pelo trabalho de genealogia, sempre buscando seus antepassados e ampliando o amor por estes que não devem nem ser considerados como mortos, pois estão bem felizes em outro plano quando são lembrados dessa maneira imprescindível para que, merecendo, um dia todos possam ser exaltados em família e gozar da vida eterna com nosso Pai Celeste.

“O Salvador deixou bem claro que o batismo pela água e pelo Espírito é essencial para todos e que sem ele ninguém pode entrar no reino de Deus. Não há exceções. E o que acontecerá com os que viveram na Terra ao longo das gerações sem receber essa ordenança? Como essa doutrina é gloriosa! Que revelação maravilhosa é a que nos ensina que temos a oportunidade de ir à casa do Senhor para sermos batizados pelas pessoas que não receberam
essa ordenança de salvação em vida”. (Pres. Gordon B. Hinkley-Atlanta, Geórgia, Conferência Regional, 17 de Maio de 1998)

"O fato de realizarmos as ordenanças vicariamente nos Templos por nossos antepassados, isto não significa que a pessoa tenha aceitado o que foi
feito por ela ou que ela foi forçada a aceitar, eliminando assim o arbítrio da mesma. “Cremos que todos são livres para escolher tanto nesta vida como
no Mundo Espiritual. Essa liberdade é essencial para o Plano de nosso Pai Celestial. Ninguém será coagido a aceitar as ordenanças realizadas em seu
benefício por outra pessoa. O batismo pelos mortos oferece uma oportunidade, mas não neutraliza o arbítrio da pessoa. Mas, se essa ordenança não for
realizada por elas, será roubada das pessoas mortas a escolha de aceitar ou rejeitar o batismo.” (Elder Spencer J. Condie, Dos Setentas - A Lihona
JUL/2003 pg.30)